História:
Antecedentes: O Projecto para uma ligação ferroviária internacional na Galiza data de 1856, quando o rei D. Pedro V defendeu a construção de um caminho-de-ferro a começar na Linha do Leste, então em planeamento, e a terminar em Vigo, passando pela cidade do Porto, uma vez que, com este traçado, ficaria mais próximo da fronteira com França do que a passagem por Badajoz. Em 1867, o governo apresentou vários projetos para ligações ferroviárias, incluindo uma, a partir do Porto, que iria ligar a Espanha pelo Minho.
O troço até Valença da Linha do Minho foi, assim, inaugurado em 6 de Agosto de 1882.
Construção e inauguração: Esta estrutura começou a ser construída em 1882, tendo sido inaugurada em 25 de Março de 1886, como parte do Ramal Internacional de Valença. Foi projetada pelo arquiteto espanhol Pelayo Mancebo, tendo os custos de construção sido divididos entre os governos Português e Espanhol.
Século XX: Nos finais da Década de 1980, esta ponte era atravessada por composições de mercadorias rebocadas por locomotivas da Série 308 da operadora Red Nacional de Ferrocarriles Españoles, por estas serem as únicas locomotivas permitidas para atravessar a ponte, devido ao seu reduzido peso por eixo. Em 1986, deu-se uma cerimónia de comemoração do centenário da inauguração desta ponte.
Século XXI: Em Julho de 2011, o alcaide de Tuy ameaçou bloquear a circulação na Ponte, caso a operadora Comboios de Portugal decidisse suspender o Comboio Internacional Porto-Vigo, como tinha sido anunciado.
Em 19 de Dezembro de 2011, a Rede Ferroviária Nacional adjudicou, à empresa Teixeira Duarte, uma empreitada para a reabilitação e reforço das fundações desta ponte, num prazo de 365 dias, e pelo valor de 3.540.000,01 euros. Os objetivos desta intervenção eram garantir que a infraestrutura iria ficar com uma resistência longitudinal necessária para as obras, prevenir que futuros trabalhos de infraescavação colocassem em risco a estabilidade das fundações, reforçar a base dos pilares, e estabilizar o solo das fundações, especialmente as submersas. Consistiu, assim, na reabilitação de quatro pilares e de alvenarias, substituição de todos os aparelhos de apoio, reabilitação e reforço dos encontros, e instalação de equipamentos de controlo dos movimentos longitudinais. Esta intervenção foi considerada de rotina, sendo uma das obras que são efetuadas periodicamente, com um intervalo de cerca de 50 anos.
Para a realização destas obras, que começaram em Abril de 2012, foi necessário interditar a circulação automóvel no tabuleiro inferior, durante um período previsto de cinco meses. |